Vermelho Carmim

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Bem-vinda/o ao site “Vermelho Carmim – uma história das mineiras em luta por seus direitos”, memorial criado pela Fiocruz Minas (Instituto René Rachou) em parceria com o movimento QuemAmaNãoMata. Esse trabalho de pesquisa, iniciado formalmente  em 2020 (*) visa contribuir para o resgate de memória das primeiras lutas de mulheres em Minas, nos anos 70 e 80 do século XX, período denominado segunda onda do feminismo.

Mulheres, povos originários e negros aprenderam, ao longo de alguns séculos, que árdua é a luta para obter direitos.  E conquistas até podem ir se acumulando lentamente, com esforço coletivo, suor e sangue. Para, em dado momento, serem desprezadas como se nada fossem por aqueles que desconhecem sua história mínima e cotidiana. Onde pequeninas mudanças históricas podem ser percebidas, na alma das gentes se vão solidificando. As memórias são parte desse alicerce e ajudam a despertar no momento seguinte a história desse mínimo, desses grãos deixados pelo caminho.

Num momento inicial, a ideia era levar para diversas universidades federais instaladas em Minas um seminário itinerante, com apresentação de documentos, fotos, jornais de época e relatos dessas memórias. Este acervo original foi obtido em oito meses de pesquisa para ser apresentado (e o foi) em uma exposição aberta de 8 a 22 de março de 2019 na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Depois vimos que havia muito mais fatos a recordar, pessoas envolvidas que auxiliaram nessas lutas das mulheres e fomos puxando o fio.   Começamos a buscar meios, equipes, modos de registrar relatos gravados, outros documentos surgiram. E foi ficando claro que deveríamos usar o instrumento da internet para alcançar mais pessoas, sendo criado o site (**).

(*) Informalmente, a criação inicial deste acervo que agora exibimos, foi realizada com apoio da Fiocruz Minas e do QANM no II semestre de 2018, ainda sem recursos externos. As peças obtidas até então foram exibidas em março de 2019, numa exposição realizada na Galeria-ALMG, a convite e com apoio da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

(**) Quando se obteve a emenda parlamentar junto ao mandato da então deputada Áurea Carolina, em 2020,  com as restrições da pandemia, houve o impasse: como viajar para as Federais espalhadas pelo Estado como havíamos proposto? A ideia de se criar um website (ou, como foi dito, em “uma exposição virtual”) foi de Carolina Lara Bicalho Alvares de Souza C Costa, a quem somos sempre gratas. Hoje é assessora da Coordenação Nacional de Regionais da Fundação Oswaldo Cruz e assessora da Dra. Zélia Profeta da Luz que, por sua vez, também coordena o Grupo de Pesquisa Saúde, Educação e Cidadania, onde este projeto se insere.

Este é um memorial que vai até você. E pode ser visitado na hora que você bem entender. O resultado da pesquisa Vermelho Carmim – uma história das mineiras em luta por seus direitos pode ser acessado por computadores, tablets e celulares. Embora haja pequenas diferenças de navegação entre as diversas plataformas, o conteúdo é basicamente o mesmo. No período de implantação, este memorial estará disponível unicamente em português – versões em espanhol e inglês estão sendo pensadas e estarão disponíveis em outra fase desse projeto.

Neste momento, estamos tornando públicos alguns desses resgates históricos. São eles:

a) 1975 – A história de como universitárias/ativistas organizaram o 1º. seminário feminista de Minas, no Ano Internacional da Mulher (ONU), lotando por três dias o auditório do Diretório Central de Estudantes  ou DCE-UFMG em Belo Horizonte. Depoimentos em vídeo, cartazes, textos contam detalhes deste episódio.

b) Anos 70 e 80 – Cinco crônicas escritas por personalidades da vida cultural, acadêmica e política de Minas descrevem os costumes a respeito da mulher, experiências pessoais/políticas nos anos de formação ou memórias do seminário de 1975 e ainda da resistência ao regime militar via arte teatral e outras manifestações da cultura.

c) 1980 – A partir de diversos olhares foi reconstituída a preparação e realização em Belo Horizonte do ato público das mineiras contra o assassinato de mulheres por seus maridos. Período em que surge o slogan QuemAmaNão Mata (em 18.08.1980).

d) 1980 a 1985 – Acontecem neste período a criação e funcionamento do CDM-MG (Centro de Defesa dos Direitos da Mulher), do SOS Mulher e realização da 1ª pesquisa em Minas sobre o tema. Ainda em 1983, houve a 1ª passeata feminista em Belo Horizonte (em março), e a apresentação em praça pública por atores de um júri-simulado (novembro). Cinco mil pessoas vaiaram o réu/ator e seu advogado de defesa/ator. O foco era o caso de um dos maridos assassinos de mulher em 1980.

e) Vídeo-peça – Uma experiência de teatro (gravado e editado) foi possível graças à disposição, coragem e ousadia de dramaturgos, diretor de teatro e equipe, aliado a um grande elenco. O comportamento, os costumes, e as normas sociais presentes na experiência de homens mineiros autores de violência contra mulheres é apresentado nesse espetáculo, que se baseou em dois estudos científicos e relatos íntimos.

Agradecemos pela visita e participação de todas/os/es.

Grupo original em reunião, 1976

Acervo QANM

O PROJETO

Conheça a história de como as mulheres de Minas se uniram para lutar por seus direitos nos anos 70 e 80, um resgate histórico.

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Acervo QANM

QUEM AMA NÃO MATA

Narrativas das memórias das líderes originárias, que estiveram à frente destas ações, do projeto “Vermelho Carmim – Uma História das Mineiras em Luta por seus Direitos

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Anna Amélia Carneiro de Mendonça (1932)

CRONOLOGIA

O resgate da história da luta das brasileiras pretende apenas iniciar esse processo de devolver a Minas Gerais e às jovens do século XXI um pouco dessa bela história que merecia ser contada.

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Acervo QANM

DEPOIMENTOS EM VÍDEO

Fotos históricas, depoimentos em vídeo, exclusivamente para este projeto, textos editadas (extraídos dos vídeos), onde as personagens centrais destas ações e movimentos relatam suas experiências e lembranças.

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Acervo QANM

A ORIGEM

A exposição, realizada na ALMG, compõe um conjunto de pesquisas selecionadas pela da Fiocruz Minas e com patrocínio de emendas parlamentares tornou possível a realização de todo esse trabalho.

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Acervo QANM

Vídeo Peça

Reproduzir vídeo

Vermelho Carmim – Fragmentos do discurso violento.

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